oleebook.com

Legami familiari de Clarice Lispector

de Clarice Lispector - Género: Italian
libro gratis Legami familiari

Sinopsis

"C'è un universo sull'orlo del collasso e pronto a liquefarsi in questo libro dal quale lampeggia lo sguardo impietoso di Clarice Lispector. Uno sguardo che coglie l'incongruenza delle cose che sono e la volgarità dei nessi che le tengono insieme. Uno sguardo che tenta di lacerare la pellicola opaca dei gesti degli uomini per carpirne il segreto più intimo: quel segreto che sappia dare senso al tutto insensato che ci circonda e che chiamiamo vivere." (Antonio Tabucchi)


Reseñas Varias sobre este libro



Uno termina cada uno de estos cuentos con la sensación de no acabar de entender del todo. Se releen y se comprenden un poquito más, incluso de una forma distinta a la anterior, pero ni aun así desaparece esa sensación de que hay algo más ahí que se nos escapa, que solo hemos arañado la superficie.

Lispector escribe oblicuo, es una escritora del extrañamiento, juega con la sugerencia, con la frase abierta, con la expresión críptica, con la imagen ambigua, con el calificativo imposible. Los relatos parecen discurrir por senderos habituales, cotidianos, un viaje en autobús, un cumpleaños, una cena con amigos, unas rosas en un florero, un día de colegio... de repente te ves atacado por detrás, perdido en no se sabe qué territorios; retrocedes, vuelves por tus pasos; tus ojos empiezan poco a poco a habituarse a la poca o a la mucha luz y empiezas a intuir sombras que se van convirtiendo en figuras que nunca llegan a ser del todo nítidas y ahí el esfuerzo del lector para dotarlas de un ser del que nunca puedes estar seguro del todo y que se te antoja inagotable. Una delicia.117 s2 comments Luís2,057 821

Published in 1960, Family Ties highlights Clarice Lispector's prose, perhaps the epitome of her short stories. The narratives in this work constantly use the stream of consciousness, through which we know the characters' most intimate universe. It is a practice that authorizes his literature sometimes to call it psychological and occasionally reflective. He had always caught in his righteousness at the moment when, from the banal everyday life, they reach the mysterious, unusual side, different from human existence, even if they cannot understand it. In the end, we face stories of the externalization of the occult. The protagonist ends up searching, in the exterior elements, for his interior. That is, the search for identity involves the search for the other, whether the search for identity consists of the search for the other, human, animal, or object.2021-readings brazilian-literature clarice-lispector ...more109 s Teresa1,492

Nesta fase do meu "projecto" para conhecer Clarice Lispector, penso que a minha dificuldade inicial em compreendê-la (apreciá-la, será o mais correcto) se devia a estar "viciada" em autores que escrevem a pensar no leitor (seja para lhe facilitar ou complicar a leitura). Entendo que Lispector não escreveu com a preocupação de ser lida; ou seja, escreveu porque era uma necessidade vital. Então, o seu leitor terá de se esvaziar de ideias pré-concebidas sobre literatura, e um pouco das suas próprias, para poder encontrar esta escritora única e fabulosa, vê-la e ver-se nela. Ao lê-la, sem procurar apenas a distração de uma história, encontramos nas suas frases, na sua poesia - além de uma forte crítica social - as angústias, os sonhos, os conflitos interiores, comuns a todos nós, seres sensíveis e humanos.

Nos treze contos de Retratos de Família, a maioria das personagens são mulheres, no entanto não os podemos entender como literatura feminista pois, apesar de em determinado momento se sentirem prisioneiras, sufocadas, elas conformam-se com a sua situação, não lutam, não se revoltam, não pretendem mudar nada. É apenas um sentimento interior, despertado por um pequeno acontecimento, e que é imediatamente amordaçado, pela segurança e estabilidade familiar, pelo dever.

Dos treze contos selecciono os oito, que pelo seu conteúdo, mais me perturbaram:
(do mais mais para o mais)

O búfalo
Uma mulher com o coração estilhaçado por mal de amor, passeia por um Jardim Zoológico para que as bestas selvagens lhe ensinem o ódio que sare o seu coração ferido.
É primavera. O casal de leões ama-se. A girafa é uma virgem inocente. O hipopótamo é um "rolo roliço de carne". Os macacos levitam felizes pela jaula. O elefante é dócil e de olhos bondosos. O camelo mastiga "entregue ao processo de conhecer a comida"
"Então foi sozinha ter a sua violência."
Caminha, gemendo, até um terreno onde está o búfalo negro. Que a olha nos olhos. Que se aproxima dela. Olham-se nos olhos.
"Eu te amo, disse ela então com ódio para o homem cujo grande crime impunível era o de não querê-la. Eu te odeio, disse implorando amor ao búfalo."

O crime do professor de matemática
Um homem que abandonou o seu cão, atormentado pela culpa, ao encontrar um outro cão morto enterra-o. Com este gesto acaba a cometer um crime maior, maculando a memória daquele que abandonou. Redime-se, desenterrando-o.
Clarice Lispector, quando viveu em Nápoles, teve um cão chamado Dilermando. Ao mudar-se para a Suíça, abandonou-o. Escreveu este conto como expiação do seu crime...

Feliz aniversário
A avó faz 89 anos. A única filha mulher prepara uma festa para os irmãos, cunhados e sobrinhos. Oferecem os presentes (inúteis); comem; cantam os parabéns; cortam o bolo, comem-no e despedem-se até para o ano.
"a aniversariante era apenas o que parecia ser: sentada à cabeceira da mesa imunda, com a mão fechada sobre a toalha como encerrando um ceptro, e com aquela mudez que era a sua última palavra."

A imitação da rosa
Uma mulher, após um tempo em que esteve internada, regressa a casa e à rotina da sua vida doméstica. Está tranquila até olhar para o ramo de rosas silvestres que comprara, de manhã, na feira. Eram belas e perfeitas "Mas, sem saber por quê, estava um pouco constrangida, um pouco perturbada. Oh, nada de mais, apenas acontecia que a beleza extrema incomodava." Decidiu oferecê-las a uma amiga "porque uma coisa bonita era para se dar ou para se receber, não apenas para se ter. E, sobretudo, nunca para se «ser»."

Amor
Ana é uma dona-de-casa, casada, com filhos. Sente-se feliz, embora por vezes, quando sozinha em casa, o seu coração se aperte um pouco. Nessas alturas, sai para as compras até chegar a hora do regresso da família a casa. Numa dessas saídas, vê um cego a mastigar pastilha elástica e a redoma, onde se encerrou na sua perfeita vida burguesa, despedaça-se e vê o mundo real. "A piedade pelo cego era tão violenta como uma ânsia, mas o mundo lhe parecia seu, sujo, perecível, seu."
Chegada à sua bonita casa, depois de um bom jantar...
"Acabara-se a vertigem de bondade.
E, se atravessara o amor e o seu inferno, penteava-se agora diante do espelho, por um instante sem nenhum mundo no coração. Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia."


A menor mulher do mundo
Um explorador encontra, em África, uma mulher com quarenta e cinco centímetros de altura a que deu o nome de Pequena Flor. Através dos jornais as pessoas ficam a saber da sua existência e têm reacções diversas, reveladas pelos comentários em família.
Entretanto, na floresta, Pequena Flor não fala mas ri para o explorador. Ela ama-o, como também ama o anel e as botas do explorador. "... na floresta, amor é achar bonita uma bota, amor é gostar da cor rara de um homem que não é negro, amor é rir de amor a um anel que brilha. Pequena Flor piscava de amor, e riu quente..."

Devaneios e embriaguez de uma rapariga
Uma mulher casada, durante um jantar, embriaga-se e, ao observar um quadro, apercebe-se que tem "sensibilidade artística", que "nascera para outras coisas" para além de ser dona-de-casa. Que poderia ser desejada e admirada. Mas isso perturbaria os seus deveres domésticos. Chega a casa e o devaneio vai-se com os vapores do álcool. No dia seguinte iria dar uma boa esfrega na casa... "Que é que se há-de fazer."
"A lua. A lua alta e amarela a deslizar pelo céu, a coitadita. A deslizar, a deslizar... Alta, alta. A lua."


Uma galinha
(a luta pela sobrevivência, ou o valor da vida)
Uma família prepara-se para matar uma galinha para o almoço de domingo. Subitamente, a ave foge para um telhado. Quando a apanham e se preparam para a matar, a galinha põe um ovo. É necessário pensar noutra coisa para o almoço... daquele domingo...


=================================

"Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."
— Clarice Lispector (A Hora da Estrela)



Clarice Lispector nasceu em Chechelnyk, Ucrânia, no dia 10 de Dezembro de 1920 e morreu em Rio de Janeiro, Brasil, no dia 9 de Dezembro de 1977. A sua família de judeus russos, para fugir à guerra civil, emigrou para o Brasil, em 1922. Clarice estudou Direito e trabalhou como jornalista. Influenciada pelas leituras de Espinosa, decidiu ser escritora. Casa com um diplomata, com quem tem dois filhos, e vive fora do Brasil durante vinte anos. Em 1959 separa-se do marido e regressa ao Rio de Janeiro, cidade onde morre, de cancro, aos 56 anos.
É considerada um dos mais importantes autores brasileiros.
"Também se pode aproximá-la do metamorfismo de Kafka, do psicologismo brutal de Joyce ou do enfoque microscópico de Virginia Woolf, ou ainda da transversalidade temporal de Faulkner. Pode-se. Clarice, porém, fica para além das leituras que tenha feito, revelando uma originalidade pessoal tão intensa quanto cada um dos outros autores isoladamente a revelou também."
(Lídia Jorge)e5 g-conto n-brasil ...more48 s Sophie667

???? ???? ???? ?????????? ?? ???, ???? ????????? ???? ?? ??? ???????. ?? ?????????? ??? ?? ??? ??????? ?????????, ?????? ?? ??? ??????? ??? ?? ????, ?? ????? ???? ???????? ????????? ??? ?? ?????????? ??? ???????? ?????? ?? ???????? ??? ??? ????????? ??? ?????? ??? ??? ?? ????? – ??? ????????? ?? ????? ???? ? ??? ???? ?? ????????? ??? ????. ?? ???? ?????? ??? ??????? ?????? ?? ????? ??? ????????. ??? ???? ??? ?? ????? ????????????? ???? ???? ??? ??? ?????? ?????? ??????, ??? ??? ???????? ????? ?? ?????. ? Lispector ?????????? ??? ?????????, ??? ?? ?? ?????????, ???????? ???? ??? ??????????? ??????????? ????? ????????, ??????? ?? ??? ?????????? ???????, ????????? ??????????? ??????, ???????, ????????. ? ????????? ?????? ??? ?????????? ??? ??? ?????????? ??????, ?????? ??????? ??? ??????, ???????? ??? ???????????? ?? ?????? ????? ???? ?? ????????? ? ????????? ?????? ??????? ??? ????????? ???????? ??? ???????. ? ???????? ??? ???????, ???? ???? ??? ?????? ? Sartre, ??? ??? ????????? ??? ?????? ? Lispector ???????? ???????????, ??????? ?? ????? ??????? ????????? ?? ????? ?? ???????????? ?? ????? ??????????? ??? ????????????, ?????? ?? ???????????? ??? ????? ???????????, ???? ??? ??? ??????? ??? Lispector, ?? ???????? ??????????? ????????, ?? ????? ???? ?????????, ? ????????? ???? ????? ??????????? ????????, ?? ???????? ??????????????. ????? ? ????????? ??????? ???? ????? ???????.
???????, ?????, ?????. ?? ????? ???????? ???????? ?? ???. ?? ???? ?? ?????? ?????? ???? ??? ????? ??????? ??? ?? ??? ???? ????? ???????. ?? ?? ??? ???? ??????? ???? ???? ???, ?? ?????? ???????, ??? ???? ????? ??? ???????? ????? ?? ?????? ??? ????? ?? ?????. […] ?? ?????? ???????? ?? ??????????? ?? ???? ??? ?? ???? ?????, ?????? ??? ??? ???? ??????????????. ?? ?? ??? ????? ?????????????? ????? ?? ??? ??????? ??????????. ?? ?? ??? ????? ?????????????? ????? ? ???????? ?????? ???? ????????? ????. ??? ??? ???? ???????, ?? ?????? ????? ??? ???? ???? ???????????? ??? ???????????? ????? ? ????.
39 s Oziel Bispo537 77

Publicado em 1960 ,Laços de família é  uma sucessão de contos extraordinários(13 no total) a maioria discutem conflitos familiares , onde não há praticamente uma história , um enredo, mas sim uma luta, um desconforto , um espinho  dentro das personagens (quase sempre mulheres 9 no total), que gera uma batalha incessante  , gera uma dor constante, uma procura de si mesmo, um motivo para se viver.

Clarice Lispector é sensacional! Só ela consegue transformar uma simples galinha em um personagem de dimensões inquietantes, uma ida ao zoológico em busca do ódio ,mas o que se encontra é o amor, só ela consegue transformar o enterro de um cachorro em uma penitência para se reparar um erro do passado. Usando o fluxo de consciência, ela penetra no âmago dos personagens ,e traz a tona os medos, os arrependimentos , as incertezas desses seres fortes, fracos…. humanos!!

Ótimo livro….33 s amapola282 32

"Ci sono ore durante le quali non si vogliono avere sentimenti".

Settimana scorsa ho conosciuto Suerte. (*)
Suerte è un levriero da corsa, molto simile a questo,



la sua padrona lo porta (insieme ad altri tre levrieri di taglia più piccola) a passeggiare nei giardini dietro casa mia; è stato adottato per salvarlo da chi, dopo averlo sfruttato nelle corse clandestine, aveva decretato la sua soppressione (una fine che tocca a molti cani come lui). Ma Suerte non è un vecchio cane ormai inadatto alle corse: gli è stata amputata una zampa dopo un infortunio in gara.
Un levriero (animale così armonioso, elegante) con tre zampe è uno spettacolo straziante, una bellezza mortificata. Mi sono avvicinata per accarezzarlo, ma lui è arretrato di un passo, guardandomi con i suoi occhi tristi e freddi. Però scodinzolava, e quel gesto mi diceva che dietro l’apparente freddezza c’era tutto un brulichio di istinti contrastanti che lottavano per emergere.
Ecco, in un certo senso leggere questi racconti è stato come guardare negli occhi Suerte. La Lispector è una scrittrice complessa, elegante, chirurgica, glaciale, ma – se letta con attenzione – rivela grande originalità e profonda sensibilità nel portare alla luce ciò da cui vorremmo solo difenderci. Di lei qualcuno ha detto che sconvolge le donne e terrorizza gli uomini; affermazioni forse eccessive, ma la sua prosa non lascia indifferenti. Un’autrice poco conosciuta, ma di grande valore.

”E rifletté sulla crudele necessità di amare. Rifletté sulla malignità del nostro desiderio di essere felici. Rifletté sulla ferocia con la quale desideriamo giocare. E sul numero di volte in cui uccidiamo per amore”.

(*) E' passato un po' di tempo e io ho imparato come si postano le immagini su Goodreads. Così ho pensato di mettere "Suerte" in bella evidenza. Ne approfitto per dire che ormai io e lui siamo diventati amici, non è più diffidente nei miei confronti e quando mi vede mi corre incontro. Un levriero con tre zampe è sempre uno spettacolo straziante quando cammina... ma vederlo correre è una gioia per gli occhi. Nonostante l'amputazione va veloce come una scheggia e non ha perso niente in stile ed eleganza.latino-america owned racconti26 s Bob Newman1,120 125

a post-vaccine special

Brazil has produced a number of great writers and in all of them you can feel a certain Brazilian flavour; there’s a closeness, a warmth, a kind of personal involvement. Machado de Assis, Euclides da Cunha, Jorge Amado, João Guimarães Rosa, Aluisio Azevedo, and others. But Clarice Lispector doesn’t fit into that picture.

Hers are stories that purport to show the inner life of women in marriage or family life. They are grim concoctions of uncertainty, uneasiness, indecision, insecurity, and nervous breakdowns stemming from the madness of a boring, claustrophobic life. “Family Ties” is a misnomer for many of these stories (maybe it is meant ironically anyway). They are more the paintings of Edward Hopper portraying isolation and loneliness amongst the family crowd. Not a one note samba indeed, rather a soulful cry on a single note. Arendt wrote of the banality of evil, Lispector of the banality of family life. There’s an unending rumble of boredom about these stories, everything is enveloped in cotton wool. It all reeks of pretense, of going through the motions because there is something much more disturbing below. The characters cannot avoid self-defeating thoughts, cannot avoid their barren, often-tortured souls. One of the few male characters buries an unknown dead dog in a field as atonement for abandoning his family dog. And there’s a strange, sad twist at the end. More un-Brazilian expressions of life cannot be imagined. But, ah, it seems that Lispector was born in Ukraine, and though she came to Brazil as an infant, she grew up with her Russian parents there. That may connect to such sentiments expressed in the story “The Smallest Woman in the World”—“she considered the cruel necessity of loving. She considered the malignancy of our desire to be happy….and the number of times when we murder for love.” I felt the Russian soul echoing in Brazil and remembered some of the poems of Tsvetaeva or the work of Dostoevsky. Yet, though I can’t say I enjoyed these stories or identified with any of the characters, I’d say that Lispector’s work is the Tardis (for those fans of Dr. Who among my readers), they look small and spare from the outside without much surrounding atmosphere, but they are wide and deep, psychologically, on the inside.

If you don’t commit suicide after reading this volume, you’ll probably realize that you’ve read some great literature. My suggestion is: postpone this one till after you get the vaccine, but don't neglect it thereafter.

January 5, 2021brazilian-literature25 s Ana683 99

Já alguém aqui disse que Clarice Lispector é uma escritora que primeiro se estranha e depois se entranha, o que me parece ser bem verdade. Eu ainda estou a sair da fase da estranheza, e apenas a começar a entrar na do entranhamento (se é que a palavra existe, mas depois de ler o Fernando Venâncio, deixei de dar demasiada importância a estas coisas ;)

Este livro compreende 11 contos muito curtos, quase todos com mulheres como protagonistas, e a maior parte começa como quem não quer a coisa, descrevendo uma situação comum do dia-a-dia: uma mulher que apanha o autocarro e escolhe um lugar para se sentar, com o seu saco de compras no colo, enquanto observa pela janela o que se passa no exterior, uma outra mulher que compõe numa jarra um ramo de rosas acabado de comprar na feira, enquanto faz planos para se arranjar e estar pronta quando o marido chegar, daí a pouco, pois vão jantar fora com amigos; um homem que sobe ao cimo de uma colina com um saco na mão, uma reunião de família para celebrar os 89 anos da matriarca, e por aí fora. Mas ao fim de algumas linhas, através dos pensamentos das personagens e das suas atitudes, a história vai-se tornando tensa, e damo-nos conta que alguma coisa não está bem.

Estes contos fizeram-me lembrar um pouco os do A Good Man is Hard to Find and Other Stories, de Flannery O'Connor, que também causam uma sensação de mau-estar, ao revelar situações fora do normal, que se encontravam inicialmente escondidas sob uma aparente normalidade, e que vamos descobrindo ao longo de um crescendo de tensão. A diferença é que nos contos de O’Connor, os desfechos são geralmente mais violentos e explícitos, são histórias mais negras e fáceis de entender. Nos contos de Clarice, ao chegar ao fim, fica-me frequentemente a sensação de não ter compreendido totalmente a história. Mas por outro lado, toda aquela tensão que vai crescendo ao longo das páginas, e acaba às vezes por ser reprimida, não desaparecendo, ficando ali latente, de alguma forma, faz com que estes finais acabem por ser mais violentos que os de O’Connor.

Ler Clarice Lispector não é tarefa fácil, mas ainda assim, acho que daqui a uns tempos vou voltar a esta autora, e ver se a entendo um pouco melhor.biblioteca z-america-central-south25 s Takisx223 55

?? ??? ???? ??? ??????, ??????????? ??? ??? ??? ???????? ?? ?????? ???????????? (?????? ??, ????????????????,) ?????????. ??? ????? ??? ???? ??? ??? ?????? ???????.25 s Tsvetelina Mareva259 83

???? ???? ?????, ??????? ?????????, ????? ?? ?? ? ?????????? ? ???????? ?? ?????? ????????????? ???????????? ? ??????????.
???????? ?? ???? ??????? ?? ?????? ? ???? - ??????? ????????????? ? ????????????, ??????? ??????????????, ?????????????????? ??????. ?????? ? ???????????? ??????????? - ??????????? ?????? ? ???????? ?????????, ?? ? ?????????? ?????????? ?????? ? ???????????? ????????. ?????????, ?? ???? ??????? ?? ??????? ???????? ????????????? ???? ?? ???, ?????? ??????????? ?? ?????? ?????????????????, ?????? ? ???????, ? ?????? ???? ?? ????? ?? ??? ?????????. ??????????? ????? ?????? ?? 3 ???? ? ?????? ????????? ? ??????? ?? ?????????? ???????.
????????? ?? "??????? ??????" ?????????? ?? ???? ?????? ???????? ?????? ?? ????????????? - ?????????????? ?? ???????? ??? ?? ??????? ????? ??? ???????????, ????? ? ????????; ????????? ?? ???? ???? ? ????????; ????????? ????????? ?? ?????? ? ?????; ????????? ?? ????? ???? ? ??????????? ??????? ? ?.?. ??? ? ??-???????????? ?????? - ????????? ?? ???? ??????? ?? ??????????? ????, ????? ?? ???? ???????? ?? ???????? ???? (???? ?? ???????? ?? ???????) ??? ??????????? ? ??????, ????? ??????? ???? ?????? ?? ??????????, ?????? ? ????????? ???????? ?? ????, ? ?????? ?? ?????? ?????? ??, ??????????? ?????, ???????? ???????? ?? ???????. ???? ??? ????? ?????, ????? ????????? ?????? ????? ?? ?????????, ? ???????????????, ????? ? ???????? ?????? ? ???? ????????. ??????????????? ?? ????????? ????? ?? ????? ???????? - ???? ????? ??? ???????. ???????, ????????? ?? ?? ???????? ?? ??????? ????? ? ??????? ??????????????, ?? ???????? ????? ????? ??? ???????????? ??????? ? ???????, ????? ???? ? ?? ?? ?? ????????, ?? ?? ??????? ?? ????????? ?? ?????? ?? ??? ???? ????, ?? "??????????" ? ?? ?? "????????" ?? ?????. ????? ???? ?? ?? ???? ?? ??????. ?????????, ?? ?? ??? ?????????? ?? ?????? ???????? ? ???? ?? ????????? ?? ???????? ? ????????????????.
?? ??? ????????? ? ?????????, ????? ??? ?????????? ?? ???????????? (???? ??????), ??? ?????? ???????????? ? ????????? ?? ???????? ?????? ??? ???. ?????? ????????? ????, ?? ???? ? ??? ????????. ????? ????????? ? ??????????? ?? ??? ????????. ????, ????? ??? ?? ????????? ?? ????? ???????, ? "???????? ?? ??????". ? ??? ?? ? ????????, ?? ? ???????? ?? ?????? ???????? ???????? ??????? :) ??, ???????? ?????????? "????????", ?????? "???????? ? ?? ? ??????????, ? ??????????????". ???? ?? ???? ?? ?????? ??????? ????????? ??????.given21 s S?e?a?n?895 455

Clarice Lispector's work is always hit or miss for me, as it seems to be for many readers. She is one of the most divisive writers I've read. This collection was no different. I found these stories tedious for the most part. Many of the characters are emotionally detached and/or struggling to come to terms with their feelings. Usually that tension is the centerpiece of the story. Sometimes this type of writing is appealing to me, but here the prose can create a distraction from the themes. It is heavy and atmospheric, as much of Lispector's writing can be. Perhaps that is the point, though: turbidity as a way to suggest the confusion of our inner lives. The one that stood out the most to me was 'The Buffalo', which is the last story in the collection. A good ending to both the story itself and to the collection.2023 short-stories18 s11 comments Joselito Honestly and Brilliantly755 366

My friends at the Quezon City Hall directed me to the home of this masterpiece. I remember it was a meat shop before. I passed by it almost everyday but never noticed its transformation into a bakery. Maybe because the facade didn't change much. Nor did it ever sport any signboard announcing "bakery." The expensive meat shop sign is gone ("Monterey") and in its stead just this simple sign: "Toasted Siopao."

Siopao is a kind of Chinese dimsum: white bread, roundish, fillings (usually meat-based) and steamed. Fluffy and soft. In my entire life I had always known siopao that way. Uncooked, it begins small. Steamed, it puffs outward, grows bigger an expanding universe. In contrast, this Toasted Siopao isn't steamed but...what? I haven't really seen it cooked. Judging from the evidence of what it becomes after it has through heat and fire, however, I definitely can say it isn't steamed, grilled or baked. So toasted, it must be, for it is hard, compact, smaller than the usual siopao, and from experience, with a little knowledge of physics thrown in, we know that toasting takes moisture out of food and makes it contract. Toasting instead of steaming makes the universe collapse unto itself.

It sells for eight pesos a piece. Three of them can adequately substitute for an ordinary meal for me, and I am a guy who eats heartily every time. My theory is that once it hits the gastric juices inside the stomach it starts to expand again, the nerve linings of the stomach sending electric impulses to the brain similar to what the emit after a full meal.

Bite into it piping hot and once inside our mouth it explodes into a riot of bread-and-meat flavors, long detained rampaging convicts after the prison walls had been breached. The festive atmosphere in your taste buds will be accompanied by amazement: of how so small and so humble a creation can pack a dynamite of happiness.

Clarice Lispector's short stories are that. Take a look at her "Mystery in Sao Cristovao," barely just over five pages. There's a family, they had just dinner. Later, they each retire to their respective rooms to sleep. Their house has a garden with beautiful hyacinths in full bloom. Then three young guys go out of a nearby house. Masqueraders. One has the head mask of a rooster; another has a demon's mask, the third is dressed an ancient knight. They pass by the house with a garden and get the idea of climbing over the wall and picking some nice hyacinths for each to add to their costume.

Five pages. So bare a plot. But each word, each phrase, each sentence, placed where they were meant to be since the beginning of time. In this tight space, but with everything brimming with meaning, Lispector tells the stories of families, love, danger, youth and generations.

"The Crime of the Mathematics Professor"--seven pages. The professor climbs the highest hill with a dead dog inside a sack. He is burying the dog there. A substitute doge, unknown, the carcass he just picked up somewhere. His family had moved and couldn't bring the dog with them. With the same same virtuoso performance Lispector presents here the age-old saga of guilt, repentance, forgiveness and redemption.

"The Buffalo" is about ten pages. A woman in a zoo looking at the animals. Looking for hate. Later you'll learn that she is hurting, spurned by a man she loves. One by one the animals (the lion, giraffe, hippos, ape, elephant, camel) fail her. Until she comes face to face with a big, black buffalo. She had met her match.

A page longer is the short story simply entitled "Love." Principal protagonist is a young housewife. She and her husband have young children. Her brothers are coming for dinner so she goes out, shops, and boards a tram on her way home. In a tram stop she sees a blind man, chewing gum. She feels compassion for the man and hell was let loose upon her quiet, domestic existence.

Probably the shortest is "The Chicken"--just around three pages. An insignificant chicken in a kitchen about to be slaughtered for a family's lunch. Just before her end she lays an egg. And with this Lispector manages to paint the aching beauty of all living things' ephemeral existence.

The very first story in this collection (thirteen all in all), "The Daydreams of a Drunk Woman," had given me an early inkling that I was in for something special. It felt Lispector transformed Camus here into an ordinary housewife. And she did that in just ten pages.

Clarice Lispector: born in Ukraine, raised in Brazil, and now, years after her death, her stories had become tasty dumplings of my ever-hungry mind. We are all indeed connected to each other.15 s Smiley 776 18

I first read Ms Lispector's Near to the Wild Heart (Penguin 2014) in October, 2017 and thus knew her fame as one of the eminent female Brazilian writers. (https://en.wikipedia.org/wiki/Clarice...) I didn't think I could understand or all she has written from which the reader would realize her own ways of writing admired by Muriel Spark who said, "Clarice Lispector reminds one of the best of Katherine Mansfield and Chekov, but her voice is uniquely her own." (front cover) Moreover, some critics have praised her writing style in that it has reminded the reader of her genre comparably similar to James Joyce and Franz Kafka.

From its 13-story collection, I would say something on my favorite three, that is, 1)"The Chicken", 2) "The Smallest Woman in the World" and 3) "Preciousness".

1) "The Chicken" (3 pages) depicts a story I've never read anywhere before of a chicken desperately blindingly escaped for her life; her flight was a horrible episode. For example:
Alone in the world, without father or mother, the chicken was running and panting, dumb and intent. At times during her escape she hovered on some roof edge, gasping for breath and, while the man strenuously clambered up somewhere else, she had time to rest for a moment. And she seemed so free. Stupid, timid, and free. Not victorious as a cock would be in flight. What was it in the chicken's entrails that made her a being? . . . (p. 50)
2) "The Smallest Woman in the World" (7 pages) is about an amazingly 45-centimetre tall, Likoualas female pygmy as black as a monkey discovered in the Central Congo in Africa by the French explorer, Marcel Pretre, who calls her Little Flower. Young children, mothers, a father, etc. variously criticize her life-size photograph published in the supplement in the Sunday newspapers. The following interesting extract is how the protagonist has been uniquely described:
The fact is that the smallest woman in the world was smiling. She was smiling and warm, warm. Little Flower was enjoying the ineffable sensation of not having been devoured yet. . . . Not to be devoured is the most perfect sentiment. Not to be devoured is the secret objective of a whole existence. While she was not being devoured, her animal smile was as delicate as happiness. The explorer felt disconcerted. (pp. 93-4)
3) "Preciousness" (11 pages) . . .

To continue . . .latin-america short-story women-s-studies12 s LW349 75

Uno sguardo che coglie l'incongruenza delle cose

Clarice Lispector ha una capacità che mi am-malia e mi sconcerta
È come se accendesse dei bagliori di lucidità, come se comparissero dei lampi improvvisi nella coscienza e
d'un tratto diventasse visibile l'altra faccia della realtà: la verità delle cose , il nostro più segreto sentire o una semplice tranquilla follia?(come in L' Imitazione di una rosa o Il Bufalo)
Bellissimi ????? Amore
l'involucro dei giorni che lei aveva costruito si era incrinato[..]il suo cuore si era riempito della peggiore voglia di vivere
Buon compleanno
Legami familiari
Preziosità cielito-lindo family short-stories13 s Oziel Bispo537 77

Publicado em 1960 ,Laços de família é  uma sucessão de contos extraordinários(13 no total) a maioria discutem conflitos familiares , onde não há praticamente uma história , um enredo, mas sim uma luta, um desconforto , um espinho  dentro das personagens (quase sempre mulheres 9 no total), que gera uma batalha incessante  , gera uma dor constante, uma procura de si mesmo, um motivo para se viver.

Clarice Lispector é sensacional! Só ela consegue transformar uma simples galinha em um personagem de dimensões inquietantes, uma ida ao zoológico em busca do ódio ,mas o que se encontra é o amor, só ela consegue transformar o enterro de um cachorro em uma penitência para se reparar um erro do passado. Usando o fluxo de consciência, ela penetra no âmago dos personagens ,e traz a tona os medos, os arrependimentos , as incertezas desses seres fortes, fracos…. humanos!!

Ótimo livro….11 s Carmo683 515

Não foi amor "à primeira leitura", quando comecei achei a escrita estranha e o primeiro conto não me seduziu. Depois foi um pouco: " primeiro estranha-se, depois entranha-se" e quando dei por mim estava rendida à delicadeza de pormenores e à forma como põe a nu a alma das personagens numa escrita deliciosa, cheia de sensibilidade. Não gostei de todos os contos, alguns deles deixaram-me indiferente, outros fizeram-me rir, um em particular,"A mulher mais pequena do mundo" deixou-me um nozinho na garganta. Foi o primeiro livro de Clarice Lispector mas não será seguramente o último. bib-p brasil contos-novelas10 s ??????? ?????????615 209

„… ?????? ?? ????????? ?? ??????.“

???? ????? ?? ???? ?? ????????? ?? ?????? ?????????. ?? ??????? ?? ?????, ?? ?? ?????. ????? ? „????????????? ??????“ ???? ????????, ???? ??? „??????? ??????“ – ???????????? (???????? ?? ? ?????? ??????? ?? ????? ????????). ????????????, ?????? ????????. ?????? ?? ?? ??????? ??? ????? ????. ?? ???? ?? ?? ??????? ? ?????? ?????? ???? ???? ? ???? ???? ?? ????? ?????? ?? ??????? ? ????????, ????? ? ??????, ?????? ? ?????. ??????? ???????? ? ??????!:) ??????????????? ???? ???. ???? ?? ??????????? ?????? ?? ??????????. ??, ??? ?? ???????? ??????? ????, ???? ? ?????? ? ????????? ?? ?????????. ???? ????? ??????, ????? ?? ????????. (*??????? ?? ???? ??????, ?? ?? ???? ??? ?? ???????; ** ???? ????????.)

?? ??????? ?? ???????????, ?? ???????? ? ???? ????????. ? ???? ?????????? ?? ??????? ???? ???.

„??? ?? – ???????? ????? ???? ???????, ????????? ?????????? ????????, – ??? ??, ???? ???? ?? ?? ????: ??? ???? ????? ?????.“

? ?????? ????:

„??????? ? ???????, ?????????, ????? ???????? ???? ?? ??????? ?????. ???????, ???????. ?? ?????? ?, ?????? ?? ????. ?????? ?? ????.“
„… ??????????? ????????????, ????? ??????? ???? ????????? ? ?????????? ??????.“
„?? ????????? ????? ? ???? ??.“
„???????????? ???? ??????? ? ??????.“
„??? ?? ?????? ?? ?????? ?? ???? ??.“
„????? ????????? ??????????? ?? ??????? ?????? ?? ????????; ???????? ??????? ? ?????? ????????.“
„?????????? ?? ?????, ???????? ????? ???????.“
„???? ???????? ???????????????: ???????? ???????????.“
„?????, ? ?????????????? ?? ? ??? ? ??????? ??????????? ??????, ???? ? ??? ?? ?? ??????? ??????????.“
„?? ????? ? ?????????? ???? ?? ??????? ? ????? ????????? ?????? – ????? ? ?????????.“
„????????????? ? ?????? ?????? ?????????? ?? ??????????.“
„???????? ???? ???????? ?? ????????? ? ????????? ? ?? ?? ?????? ????? ?? ?????, ???? ??? ?? ? ???????.“
„? ??????, ??????? ?? ???????????, ????? ?? ????????? ?????? ? ?????????, ??? ?? ?????????? ??? ??-????????.“
„… ? ??? ???????? ?????? ???????? ?? ???????, ? ??????? ???????? ???? ????? ? ???? ??, ??????? ?? ???????.“
„… ??????? ?? ???????? ?????? ????? ?? ?????????? ? ?? ??????, ????????? ???????? ?????????? ? ???????? ?? ???????, ? ?????? ?? ?????????? ???? ?????????? ?????????.“
„… ??????????????? ? ????????.“9 s Brenda Campo78

Terminas cada cuento entendiendo y a la vez sin entender nada.8 s Ksenia (vaenn)438 239

?? ?????????? ???? ?????? ??????? ?????? ? ???????? "???-???????? ?????" ??? ??, ?? "????????? ??? ?????? ?? ??????? ??? ?????? ? ???????". ???, ?? ???? - ?????????? ?????????, ??? ????? ????????????, ?? ?????? ????. ???, ?? ????????: ????????? "??????????" ?????/???????/???????? ? ??????? ??????? ?????, ???????, ???????, ?? ??? ????????? ?????? ?? ? ?????? (??? ??? ?? ?????????? ????), ? ? ???????. ? ?????????, ??? ?? ????????, ??????? ?? ??????? ??????????: ????????? ?? ???? ?????????? ???????????? ??????????? ???? ?? ????????, ? ???, ???? ??????? ?? ????????? - ?? ? ?? ????????.

????????? ?????'???????:

* "?????" - ?? ??? ???????????? ? ???????????????? (??? ???? ??? ??????????? ?????????? ?????), ??? ???? ?????? ???????????.

* "???????????? ???????" - ?? ???? ??????????? ??? ???????? - ? ????????? ????? ??? "????? ???? ??????" ? "????? ??????? ????? ??????, ???? ???? ????????, ?? ?? ???? ?????" ?? ????????? ?? ???????? ????????? ? ??????, ?? ???????????? ?? ???'???? ????? ??????, ???? ?'? ????? ???? ?? ?????? ?????.

* "? ???? ??????????" - ?? ??? ????????? ???????????? ???????? ??'?????.

* "??????" - ?? ??? ??????? ??????? ???/??????????? ????????? ? ??????????? ?????????? ?????.

?, ?? ? ????? ?? ???????, ????????? ????????? ? ??????? ???, ??? ????? ??????, ???? ?'??????? - included.classics latin-american spring ...more8 s Ilonka Sheleshko58 4

?????? ?? ????????????? ??????? ????. ????????, ?? ?????????? ??????????? ?? ???? ??????7 s Vanda18 15

Foi o meu primeiro namoro com esta autora brasileira, de origem ucraniana.
Pisei o tapete das sua palavras... hesitei...recuei...tentei de novo. Fiquei enleada na sua escrita pantanosa e crua. Depois de entrar encontramo-nos ou a um outro.
Sou mulher... o seu livro de contos respira, sobretudo, a vida mundana da mulher burguesa nos anos 60.A percepção de uma linha ténue que separa um ser acomodado a uma vida caseira e familiar e um outro ser selvagem que anseia por viver é o que estrutura algumas destas pequenas narrativas.
Essas mulheres, algumas, tão arrastadamente actuais, sentem-se nauseadas, interrogam a sua existência, a dívida que a vida tem para com elas; preenchem um nada com tão pouco que não lhes chega hoje;um nada que se vai arrumando todos os dias nos devidos lugares, a rotina que, enganosamente, vai satisfazendo. Até quando? Elas são criaturas selvagens que questionam a hipocrisia das suas vidas. Nos contos abundam os animais - são representativos do lado besta que, sob o corpo da mulher, teima em mostrar-se, em deitar "as garras de fora"; é o querer aprender a não só amar,amar, a não só perdoar, perdoar, a não só pedir desculpas, a odiar também.
Já as "meninas mulheres" que por aqui se passeiam lutam por serem visíveis, anseiam por serem tocadas ao aperceberem-se da sua inteligência corporal a despontar - o desejo animal supremo de um poder ainda escondido e envergonhado, porque desconhecido.
Esse choque com a sua beleza ou fealdade físicas, fá-las sentirem-se desiguais, isoladas, sozinhas no mundo, enquanto entidades perigosas.
O conto "Amor" foi um dos contos que mais me agitou. Ana, a protagonista, vive ou não as suas epifânias, as suas ínfimas verdades simbolicamente - só ela os entende, aos símbolos, só ela lhes sente o nojo, ou o nojo a sente a ela, só ela desiste deles, pois são perigosos, desencaminhadores.
"Enquanto não chegou à porta do edifício, parecia à beira de um desastre. Correu com a rede até ao elevador, sua alma batia-lhe no peito - o que sucedia? A piedade pelo cego era tão violenta como uma ânsia, mas o mundo lhe parecia seu, sujo, perecível, seu. Abriu a porta de casa. A sala era grande, quadrada, as maçanetas brilhavam limpas, os vidros das janelas brilhavam, a lâmpada brilhava - que nova terra era essa? E por um instante a vida sadia que levava até agora pareceu-lhe um modo moralmente louco de viver.(...)Abraçou o filho, quase a ponto de machucá-lo. (...) Não deixe mamãe te esquecer, disse-lhe.(...)Seu coração se enchera com a pior vontade de viver.(...)
E se atravessara o amor o seu inferno, penteava-se agora diante do espelho, por um instante sem nenhum mundo no coração. Antes de se deitar, como se apagasse uma vela, soprou a pequena flama do dia."
É o indizível para além das palavras, tão poetica e hermeticamente desenhadas, que dá corpo a várias pequenas narrativas sem fim. Cabe-nos a nós finalizá-las...ou não6 s julieta1,211 28.2k

Esta fue una relectura, que en realidad es como una primera lectura, después de haberlo leído ya hace algunos años. La magia y genialidad de Clarice atraviesa cada uno de estos cuentos, creando ambientes entre salvajes, controlados, y a la vez personajes al borde de la locura, situaciones llenas de tensión.

Para mí hay temas que tiene Clarice que suelen aparecer en sus historias, locura, amor, pérdida de control, animales, etc etc. Yo digo que es un buen lugar para empezar a leerla, para quienes no la han leído ya, porque tienen anécdotas que ella utiliza muy bien, para adentrarse en aguas más profundas.

Y hay que seguir a Clarice siempre, es una de mis escritoras favoritas sin duda, todo lo que venga de su pluma vale la pena mil veces.

7 s Ewerton Farias35 6

Esse é meu primeiro contato com Clarice Lispector

Confesso que a maioria dos contos do livro não me interessaram, porém meu favorito foi o conto da galinha

O que eu gostei do livro foi como a Clarice consegue pegar assuntos do dia a dia e fazer várias figuras de linguagem

Acho que pelo fato do livro ser antigo, a escrita me incomodou ( devo me acostumar com esse tipo de escrita ), porém parabenizar Clarice por conseguir escrever de forma simples, mas ao mesmo tempo que te fazem pensar sobre a escrita30-books-to-read-before-30y nacionais read-20236 s Maria Lago458 117

¿Por qué no es Lispector la escritora más famosa de todo Brasil? No estoy segura, pero creo que tiene que ver con las masas, tú y yo, que preferimos los edulcorantes Coelho al chocolate negro Lispector. Pero amigos: después de haber probado las delicias amargas que ofrece esta mujer, os lo aseguro, ningún caramelito volverá a saberme igual.6 s1 comment Yossi109 30

¡Inmensa! No estoy muy de acuerdo con Lídia Jorge. Me gusta más la Clarice de largo recorrido, la de las novelas aunque es fascinante ver los brotes de lo que después serían magníficas historias. Lídia Jorge la incluye en un grupo interesante: Faulkner, Kafka, Joyce, Pessoa y Woolf :)6 s lalsayed 114 29

Bad timing
Autor del comentario:
=================================